A Comissão Europeia responde às ameaças da Turquia, ao afirmar que não há alternativa ao acordo migratório assinado com Ancara para pôr fim à crise dos refugiados. Mas, um ano após a entrada em vigor do entendimento, várias organizações não governamentais como a Oxfam, denunciam um “exemplo perigoso” em termos humanitários e de respeito pelo direito ao asilo.
A Comissão Europeia responde às ameaças da Turquia, ao afirmar que não há alternativa ao acordo migratório assinado com Ancara para pôr fim à crise dos refugiados.
Mas, um ano após a entrada em vigor do entendimento, várias organizações não governamentais como a Oxfam, denunciam um “exemplo perigoso” em termos humanitários e de respeito pelo direito ao asilo.
Num relatório, apresentado hoje, as ONGs condenam a degradação das condições de vida nos campos gregos, onde se acumulam atualmente até 60 mil pessoas.
Entre os mais vulneráveis, encontram-se mulheres e crianças, com vários casos de abuso e de suicídio ou de problemas mentais.
Se o acordo permitiu reter a vaga de refugiados através da chamada rota dos balcãs, medidas como a deportação imediata para a Turquia continuam a infringir as regras de asilo, segundo as ONGs.
O relatório alerta os responsáveis europeus para que não tentem exportar a solução, num momento em que Berlim aspira a reeditar o acordo com países como o Egito ou a Tunísia.
A publicação do relatório ocorre um dia após a visita do Comissário Europeu para a migração à ilha grega de Lesbos.
Dimitris Avramopoulos defendeu a importância do acordo com a Turquia, apelando aos países da UE a respeitarem o compromisso de acolher 160 mil refugiados de Itália e Grécia.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações, apenas 10 mil refugiados foram até agora deslocados da Grécia para outros estados membros da UE.
Fonte: EuroNews