Quebrando o silêncio: A luta contra exploração sexual de mulheres e crianças

Projeto Içá- Ação e Proteção, uma experiência da Cáritas Brasileira presente na Amazônia Brasileira.

Para garantir o princípio da proteção integral às crianças e adolescentes que sofrem com o abuso e exploração sexual, é preciso quebrar o silêncio e conscientizar as pessoas através da formação e do diálogo.

Este ponto está entre os objetivos do Projeto Içá – Ação e Proteção, da Cáritas Brasileira.

Criado pela Cáritas Regional Norte II, em parceria com a Cáritas Alemã, o Projeto Içá ganhou visibilidade nas atividades da Tenda ‘Amazônia, Casa Comum’, em Roma, durante o Sínodo da Pan–Amazônia.

Rosivane Souza dos Anjos é psicóloga da Cáritas Arquidiocesana de Manaus e coordenadora do Projeto Içá-Ação e Proteção. Ela conta que o projeto é uma experiência presente em comunidades ribeirinhas e quilombolas na Amazônia Brasileira. Atualmente as ações do Içá – Ação e Proteção se estendem ao atendimento de migrantes vindos da Venezuela em situação em vulnerabilidade.

Qualificação de Agentes

Dentre as atividades está a promoção da atuação em rede como forma de ação dos voluntários, criando assim uma Rede de Proteção. Rosivane explica que é realizado um trabalho de formação, por meio de cursos, rodas de conversas, seminários, em catequeses, escolas, pastorais, para que estes atuem em suas bases transferindo os conteúdos para crianças, jovens e suas famílias.

A questão da migração

A Cáritas estende este trabalho de prevenção ao abuso e exploração sexual também ao migrante. O trabalho com os migrantes ainda passa pelo acolhimento, encaminhamento aos serviços públicos e inserção na sociedade.

“Um dos grandes entraves é a continuidade desse trabalho, que esbarra na questão das políticas públicas”, destacou Rosivane. Existe uma necessidade de atendimento especializado do próprio Estado, mas que, segundo ela, as equipes são muito enxutas.

O Projeto Içá – Ação e Proteção está inserido no Serviço de atendimento psicológico da Arquidiocese de Manaus.

A psicóloga enfatiza que para se dedicar a este trabalho é necessário fazer um atendimento humanizado. “Precisa ter amor a essa causa, dedicação para conseguir ajudar essas pessoas. Precisamos sensibilizar os adultos para que eles sejam a voz das crianças. Estendemos este amor para os migrantes que estão chegando para dar dignidade a eles”, concluiu.

Fonte: a12.com

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