Portugal defende que migrações devem ser vistas como oportunidade

 “As migrações são hoje algo com que temos de lidar naturalmente. Elas acontecem em todo o mundo, e fazem parte de um direito humano de mobilidade. Devemos vê-las como uma oportunidade, ligá-las ao desenvolvimento. Uma oportunidade não só para as pessoas que saem dos seus países de origem, mas também para os países que as recebem.”

Terminou terça-feira, em Nova Iorque, o Diálogo Internacional sobre Migração. Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa de Portugal, Maria Manuel Leitão Marques, disse à ONU News que as migrações tornaram-se algo natural e que ocorrem em todo o mundo.

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa de Portugal, Maria Manuel Leitão Marques, defendeu na sede da ONU, em Nova Iorque, que as migrações devem ser vistas como uma oportunidade.

A ministra participava no Diálogo Internacional sobre Migração, que terminou esta terça-feira. O encontro reuniu representantes da sociedade civil, migrantes e especialistas para discutir estratégias para uma gestão eficiente global da migração.

Oportunidade

“As migrações são hoje algo com que temos de lidar naturalmente. Elas acontecem em todo o mundo, e fazem parte de um direito humano de mobilidade. Devemos vê-las como uma oportunidade, ligá-las ao desenvolvimento. Uma oportunidade não só para as pessoas que saem dos seus países de origem, mas também para os países que as recebem.”

Maria Manuel Leitão Marques diz que essa é a maneira como Portugal encara os novos movimentos migratórios. A ministra acredita que o país “procura integrar na sociedade todos aqueles que vêm procurar trabalho ou residência.”

“Nós temos uma abordagem de integrar em vários níveis, de não criar uma política à parte para as pessoas migrantes. A política de saúde é a mesma. As pessoas que chegam têm direito aos mesmos cuidados de saúde que qualquer português. Política de escolas é a mesma, ainda que possamos ter necessidades especiais, em termos de língua. A política de empregos também é a mesma.”

Papel das cidades

A ministra diz que o governo prefere trabalhar numa política de proximidade e que, por isso, conta com a ajuda de vários parceiros.

“Nós temos muitos acordos, não apenas com a sociedade civil e fundações, mas também com os municípios, porque é muito mais fácil. Conhecem as empresas, é muito mais fácil em termos de habitação, em termos de integração na vida social. Essa é a nossa abordagem. Envolver toda a sociedade, e todos os níveis de governo, numa política de integração para todos aqueles que procuram o nosso país para viver e para trabalhar.”

A Secretária de Direitos Humanos da Cidade de São Paulo, Eloisa Arruda, também defendeu no encontro o papel dos governos locais.

A secretária, que discursou na terça-feira, trouxe “uma mensagem sobre a importância da participação das cidades nos processos migratórios.”

Fonte: ONU News

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