No Paraná, UNFPA debate integração de mulheres migrantes com servidores públicos

No Paraná, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) participou de uma rede de capacitação que mobilizou 245 agentes públicos do estado e debateu os desafios de integração das mulheres refugiadas e migrantes no mercado de trabalho brasileiro.

A agência da ONU abordou temas como a violência de gênero contra essa população e o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. Outra pauta dos diálogos foi o apoio prestado pelo organismo aos venezuelanos que chegam ao Brasil por Roraima.

No Paraná, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) participou de uma rede de capacitação que mobilizou 245 agentes públicos do estado e debateu os desafios de integração das mulheres refugiadas e migrantes no mercado de trabalho brasileiro. A agência da ONU abordou temas como a violência de gênero contra essa população e o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. Outra pauta dos diálogos foi o apoio prestado pelo organismo aos venezuelanos que chegam ao Brasil por Roraima.

A atividade da instituição das Nações Unidas foi promovida no final de semana, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), e fez parte da Rede de Capacitação de Refugiados e Migrantes, organizada pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). De 8 a 10 de maio, o projeto promoveu discussões sobre migração e inclusão com servidores paranaenses.

Na oficina ministrada pelo UNFPA, o chefe do escritório da agência em Roraima, Igo Martini, alertou para os riscos vividos por alguns estrangeiros no Brasil, sobretudo pelos venezuelanos e venezuelanas.

Desde agosto de 2017, por meio de seu Programa de Assistência Humanitária, o organismo da ONU trabalha na recepção de refugiados e migrantes da Venezuela que entram no Brasil pelo território roraimense. O trabalho do Fundo de População das Nações Unidas busca prevenir a violência de gênero e fornecer atendimento em saúde sexual e reprodutiva, incluindo a assistência para demandas emergenciais. As mulheres, de uma forma geral, estão entre as pessoas com vulnerabilidades identificadas e atendidas na região.

Durante sua palestra, Martini destacou a presença de refugiados e migrantes de diversas nacionalidades no evento.

“A oficina coordenada pelo UNFPA e pelo MPT possibilitou um diálogo com servidores públicos municipais e estaduais, professoras universitárias, defensoras de direitos humanos, pessoas migrantes, refugiadas e lideranças religiosas. Como resultado, as participantes encaminharam a necessidade de criação de um grupo de trabalho para debater ações de combate à violência baseada em gênero e de promoção da saúde sexual e reprodutiva no estado do Paraná”, explicou o oficial da agência da ONU.

“A proposta foi apresentada ao MPT/PR e será debatida em uma reunião com a sociedade civil e governo do estado.”

Formação de servidores

A Rede de Capacitação de Refugiados e Migrantes ofereceu treinamentos aos atores envolvidos no acolhimento, integração e interiorização de refugiados e migrantes no Paraná. A iniciativa promoveu um simpósio e dez atividades de formação, com o objetivo de fomentar a discussão sobre a criação de políticas locais de acolhimento, residência e integração.

O projeto integra o programa mais amplo Atuação em rede: capacitação dos atores envolvidos no acolhimento, integração e interiorização de refugiados e migrantes no Brasil. A estratégia já promoveu iniciativas semelhantes em pelo menos sete estados.

Além do UNFPA, a Rede de Atuação é composta pela ESMPU, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, o MPT, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Conectas Direitos Humanos, o Instituto Migrações e Direitos Humanos, a Defensoria Pública da União (DPU), a Missão Paz e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

ONU

 

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