Uma nova pesquisa global aponta que quase 40% dos jovens migrantes e deslocados identificaram a educação e o treinamento de aptidões como suas grandes prioridades.
O relatório Talentos em Movimento, em tradução livre, revela a preferência de 30% do grupo por oportunidades de emprego.
Obstáculos
A pesquisa, liderada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, envolveu 26 mil participantes. Entre os inquiridos estavam 8.764 com idades entre 14 e 24 anos.
Cerca de 70% dos entrevistados mencionaram a falta de fundos como barreira que mais limita o acesso à aprendizagem. Quatro em cada 10 relataram a falta de empregos como seu maior obstáculo para ter rendimentos.
A pesquisa U-Report envolveu cidadãos de 119 países durante quatro semanas. No Brasil, foi usada uma plataforma entre agências para inquirir migrantes venezuelanos vivendo no país. O método também foi usado na Bolívia e no Equador.
Pelo menos 3.157 jovens foram identificados como migrantes, refugiados ou deslocados internos. Cerca de 30% deles destacaram que falta informação para os jovens em movimento.
Potencial
Entre as meninas que relataram ter esse problema, uma em cada cinco considera que a internet permitiria ter mais dados.
Ao serem questionados se poderiam contribuir com opiniões, habilidades e talentos, 88% dos jovens em movimento disseram que podem apoiar a comunidade nessas questões.
Os entrevistados mais jovens apontaram as redes sociais como o principal veículo para esse propósito, enquanto os mais velhos optaram pelo contato com grupos de jovens e autoridades locais.
O relatório destaca ainda o potencial dos jovens migrantes, deslocados internos ou refugiados como agentes de mudança, líderes e inovadores do futuro.
Jovens em movimento
No entanto, o estudo considera a lacuna entre as aspirações juvenis e suas oportunidades como “um apelo à ação para que todos façam mais para preencher o fosso e desbloquear o talento inexplorado dos jovens em movimento”.
Na parceria, a Unicef colaborou com o Grupo das Nações Unidas para Crianças e Jovens e a ONG Prospects Partnership.
Fonte: ONU News