Estudo faz parte de uma série de projetos que a OIM está implementando na região em relação ao tema; Brasil é o país com o maior número haitianos.
21.08.2017
A Organização Internacional para Migrações, OIM, e o Instituto de Políticas Públicas sobre Direitos Humanos do Mercosul lançaram uma avaliação sobre a migração do Haiti para países membros e associados ao bloco.
Os trabalhos de campos foram realizados em São Paulo no Brasil, Santiago no Chile, e Buenos Aires na Argentina.
Brasil
O estudo usou questionários institucionais e normativos sobre migrantes haitianos em cada um dos países do Mercosul. Além disso, o trabalho incluiu entrevistas com foco nas condições e estratégias de recepção e assistência aos migrantes do Haiti em São Paulo, Santiago e Buenos Aires.
De acordo com a pesquisa, o Brasil é o país com o maior número de haitianos. Até o fim de 2016, 67 mil residências haviam sido concedidas, entre temporárias e permanentes. No Chile foram 18 mil permissões até o fim de 2015 e na Argentina menos de 1,2 mil.
O estudo inclui recomendações de políticas públicas em duas áreas de ação: procedimentos de entrada e vistos e mecanismos de integração no país de destino.
Para o especialista da OIM e coordenador do estudo, Matteo Mandrile, o dinamismo da diáspora haitiana exige o desenvolvimento e implementação de políticas públicas de mobilidade e integração, especialmente considerando que migrantes do Haiti na América do Sul se estabeleceram, mas, ao mesmo tempo, uma parte continua se movendo dentro da região.
O estudo foi financiado pelo Fundo de Desenvolvimento da OIM e o Governo do Brasil. A pesquisa faz parte de uma série de projetos que a OIM está implementando na América do Sul em relação à migração haitiana. Estes incluem um estudo sobre o fluxo ao Brasil em 2014, que analisou as principais rotas migratórias ao país, e uma pesquisa em 2016 sobre a inserção de haitianos no mercado de trabalho na região sul e no Distrito Federal.
Fonte:www.unmultimedia.org