Congregacional de Pastoral dos Migrantes
CSEM (org.)
Brasília: CSEM, 2012
O carisma scalabriniano, dom do Espírito ao bem-aventurado João Batista, manifestou-se, em seu tempo, uma resposta profética às necessidades dos que emigravam. O passado, portanto, contém, como que “a raiz da árvore scalabriniana”, uma árvore que hoje estende os ramos e dá frutos em muitos países, para os “diferentes rostos da migração, como sinal dos tempo”, uma vez que o mesmo tipo de urgência perdura na história até nossos dias.
Produzir fruto é desafio e “honra do apostolado”, já que a missão específica nos faz estar os que formam a caravana dos êxodos hodiernos. O apostolado precisa ser impregnado de espírito religioso, sendo “a união vital com Jesus Cristo a condição essencial para fecundidade apostólica” (NC.n.100 e 101). Portanto, precisamos saber e sentir- ao menos alguma vez- que somos objeto do amor de Deus. Crer que ele continua a repetir-nos, com incansável amor, o seu: “Eu te amo”. E isto a toda hora e em todos os dias e por toda a eternidade. Esta verdade teológica foi sublinhada por Bento XVI na Encíclica “ Deus Caritas Est”. Há nela um convite a beber na fonte do amor (DCE n.8), para poder concretizá-lo em gestos, essência do nosso missionar entre os filhos e filhas de Deus em mobilidade.