MSCS: 128 anos de missão junto a pessoas migrantes e refugiadas

No dia de hoje comemoramos os 128 anos de história da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo – Scalabrinianas e de seu carisma pela defesa e promoção dos direitos de pessoas migrantes e refugiadas e seu protagonismo.

Na época de Scalabrini foi o sofrimento e a vulnerabilidade de migrantes entulhados na estação de Milão que despertaram a indignação do bispo de Piacenza. Hoje são as pessoas amontoadas em barcos, agonizantes em desertos, retidas em fronteiras fechadas, escravizadas por traficantes, exploradas no trabalho, assediadas e discriminadas no dia a dia que reforçam o compromisso da Congregação por uma sociedade onde ninguém é estrangeiro.

Por isso, nesta comemoração, temos que fazer memória da caminhada histórica do carisma scalabriniano, para, assim, reforçar o compromisso com o presente e o futuro. Nas palavras da Irmã Marizete Garbin, que lidera a Pastoral das Migrações na Arquidiocese de Joanesburgo, com foco nas mulheres, “ao olhar para o futuro da missão Scalabriniana, vejo uma oportunidade de ouvir e compreender os desafios apresentados pelos migrantes e refugiados. Estou comprometida em me deixar desafiar pela missão, seguindo os quatro verbos propostos pelo Papa Francisco: acolher, promover, proteger e integrar as comunidades de migrantes e refugiados”.

A comemoração deste ano é a segunda em que se celebra o Dia da Congregação junto com a comemoração de Scalabrini Santo. Papa Francisco, na missa de canonização do Bispo de Piacenza, dizia: “a fé cristã sempre nos pede para caminhar junto com os outros, para nunca ser caminhantes solitários; sempre nos convida a sair de nós mesmos rumo a Deus e aos irmãos, sem nunca nos fecharmos em nós mesmos; sempre nos pede para nos reconhecermos necessitados de cura e perdão, e partilharmos as fragilidades de quem vive ao nosso redor, sem nos sentirmos superiores”.

Scalabrini costumava dizer: “Ser migrante com os migrantes”. Hoje, para nós, isso significa assumir um olhar empático que fortaleça relações simétricas e um compromisso profético, mesmo em um contexto de crescente hostilidade contra a sociedade civil solidária. Como afirma irmã Marizete, é este “um momento para nos unirmos aos migrantes em seu caminho, para que a missão Scalabriniana seja verdadeiramente uma bênção e uma esperança realizada na vida dos migrantes e refugiados”.

Brasília, 25.10.2023

Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios, CSEM

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