Dia Mundial dos Pobres: Um Chamado à Solidariedade e à Ação

No sétimo ano de celebração do Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco em sua mensagem, convida a refletir sobre a essência do Evangelho e a redescobrir o compromisso de viver a pobreza e servir aos necessitados.

O Papa destaca as palavras do Livro de Tobias, que ensina sobre a importância de olhar para os pobres, não apenas com compaixão, mas agindo concretamente em prol deles. Tobite, um homem que confiou no Senhor mesmo diante das adversidades, deixa ao filho não apenas bens materiais, mas o testemunho de uma vida dedicada à caridade.

“Nunca afastes de algum pobre o teu olhar” (Tb 4,7). Essa instrução vai além de uma simples lembrança; é um convite a praticar boas obras, viver com justiça e, acima de tudo, estar atento às necessidades dos menos favorecidos. Tobite, mesmo após perder tudo por sua generosidade, continuou a praticar a caridade, revelando que o serviço aos pobres é uma missão constante.

Muitas pessoas migrantes e solicitantes de refúgio se deslocam movidas pela busca de uma vida digna, escapando da miséria que permeia suas vidas e os contextos onde vivem ou fugindo de “cenários de guerra”, como aquelas “crianças privadas dum presente sereno e dum futuro digno”.  A história de Tobite reflete nas experiências de muitos migrantes que enfrentam desafios semelhantes.

A migração, muitas vezes, é uma resposta à pobreza extrema. Os migrantes a adotam como uma estratégia para buscar oportunidades para si e para os seus, e ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento dos contextos onde se inserem através de suas culturas, suas competências e seu labor. Migrantes e refugiados trazem consigo a esperança de uma vida melhor e a vontade de agregar para a sociedade que os acolhe.

A migração, apesar de muitas vezes ser impulsionada pela pobreza e tantas vezes se tornar fator de empobrecimento e exclusão por razões relacionadas com as condições e as políticas contra a população em mobilidade, é uma oportunidade. E é chamando a atenção e destacando a necessidade de acolhimento e compreensão para construir um futuro mais justo para todos que o Papa conclui sua mensagem.

World Day of the Poor: A Call to Solidarity and Action

In the seventh year of the World Day of the Poor, Pope Francis’ message invites us to reflect on the essence of the Gospel and to rediscover our commitment to living poverty and serving those in need.

The Pope highlights the words of the Book of Tobit, which teaches about the importance of looking at the poor, not just with compassion, but by acting concretely on their behalf. Tobit, a man who trusted in the Lord even in the face of adversity, leaves his son not only material goods, but the testimony of a life dedicated to charity.

“Never look away from any poor person” (Tb 4:7). This instruction goes beyond a simple reminder; it is an invitation to practice good works, live justly and, above all, be attentive to the needs of the less fortunate. Tobit, even after losing everything because of his generosity, continued to practice charity, revealing that service to the poor is a constant mission.

Many migrants and asylum seekers move in search of a dignified life, escaping the misery that permeates their lives and the contexts in which they live or fleeing “war scenarios”, like those “children deprived of a peaceful present and a dignified future”.  Tobite’s story reflects the experiences of many migrants who face similar challenges.

Migration is often a response to extreme poverty. Migrants adopt it as a strategy to seek opportunities for themselves and their families, while at the same time contributing to the development of the contexts in which they live through their cultures, their skills and their work. Migrants and refugees bring with them the hope of a better life and the desire to add to the society that welcomes them.

Migration, despite often being driven by poverty and so often becoming a factor of impoverishment and exclusion for reasons related to conditions and policies against the population on the move, is an opportunity. The Pope concludes his message by emphasizing the need to welcome and understanding in order to build a fairer future for all.