Nos evangelhos, a noção semita de šaliah (B e rākôt 5,5), sem interrupções de continuidade, se aplica aos apóstolos nos dizeres de Jesus “Quem vos recebe, a Mim recebe” (Mt 10:40).1 Devido a este contexto cultural, o(a) missionário(a) itinerante pôde interagir com a comunidade e oferecer seus ensinamentos.
Resumo: A análise, embora parcialmente incompleta, de ocorrências relativas à acolhida e à hospitalidade no Antigo e no Novo Testamento no amplo contexto da experiência de ser um estrangeiro, longe de casa, abre caminho para considerações relevantes referentes à visão bíblica sobre as relações humanas. Isto é baseado não somente no amparo filantrópico, mas também, no valor evangélico do agapē, uma nova dinâmica que enfatiza o ser humano como “ser”, mais do que o seu “fazer”. A dimensão cristológico-eclesial da acolhida cristã, que pertence propriamente às escrituras do Novo Testamento, marcou genuinamente as relações humanas, inspirando rotas de diálogo e comunhão que podem aclarar também a história atual, particularmente no campo das migrações e da mobilidade humana.
Gabriele Bentoglio