24 de abril de 2017
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, calcula que pelo menos 849 pessoas, incluindo mais de 150 crianças, morreram no Mediterrâneo desde janeiro enquanto tentavam fazer a perigosa travessia no mar.
Agência calcula que mais de 150 morreram desde janeiro; quase 37 mil refugiados e migrantes chegaram à Itália pelo Mediterrâneo Central desde o início do ano; número é 42% maior que mesmo período do ano passado.
Laura Gelbert Delgado, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, calcula que pelo menos 849 pessoas, incluindo mais de 150 crianças, morreram no Mediterrâneo desde janeiro enquanto tentavam fazer a perigosa travessia no mar.
No entanto, segundo a agência, este número é provavelmente maior já que muitos menores se deslocando estão desacompanhados, então, frequentemente suas mortes não são registradas.
“Aumento dramático”
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Desde o início do ano, quase 37 mil refugiados e migrantes, 13% crianças, chegaram à Itália pelo mar pela rota do Mediterrâneo Central. O número representa um aumento de 42% em comparação ao mesmo período do ano passado.
A agência ressalta que especialmente crianças desacompanhadas e separadas de suas famílias estão em risco maior e estes números aumentaram de forma dramática.
Em janeiro e fevereiro deste ano, cerca de 1.865 menores nestas situações chegaram na Itália, um aumento de 40% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Águas calmas
O Unicef também mencionou que temperaturas mais quentes e águas mais calmas no Mediterrâneo foram acompanhadas por um aumento no número de refugiados e migrantes tentando fazer a travessia.
Apenas durante o fim de semana de Páscoa, mais de 8,3 mil pessoas foram resgatadas no mar entre a Líbia e a Itália.
Como parte de sua política global para crianças em movimento, a agência da ONU tem pedido mais medidas para proteger menores refugiados e migrantes, especialmente os desacompanhados.
O Unicef também defende o fim da detenção de crianças buscando refúgio ou migrando e a promoção de medidas para combater a xenofobia, descriminação e marginalização em países de trânsito e destino.
A agência também destaca a necessidade de manter as famílias unidas como a melhor forma de proteger as crianças e dar a elas status legal.
O Unicef defende que sejam garantidas oportunidades de aprendizado a todos os menores refugiados e migrantes, assim como acesso a cuidados de saúde e outros serviços.
A agência ressalta ainda a importância de abordar as causas do movimentos de migrantes e refugiados em grande escala.
Fonte: Rádio ONU